quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Luta de classes mundial 1. Oriente próximo e o colonialismo da OTAN.

Luita de classes mundial

1. Oriente próximo e o colonialismo da OTAN

Introduçom: Israel é um aparelho colonizador dos Estados Unidos e dos seus aliados da OTAN.

Se em algumha parte do mundo topamos com um processo de colonizaçom clássico esse lugar é Palestina. Na Palestina existe o enfrentamento entre os colonizadores (os israelenses) e os indígenas (a populaçom palestiniana) igual que os dos séculos passados. A expulsom dos indígenas das suas terras e vivendas que som ocupadas por colonos, a descriminaçom legal dos indígenas, o apartheid, a criaçom de “reservas” (Batustans) para indígenas, a limpeza étnica (desterro) e o genocídio, som todas práticas que caracterizam o colonialismo.

Como sabemos o colonialismo é um processo de substituiçom da populaçom autóctone por colonos, umhas pessoas de famílias de origem europeia (ainda que em alguns casos estas famílias levem décadas na América).

Umha vez que entendemos isto, fica claro que Palestina é a maior colônia existente na atualidade (ainda que nom é a única). Tamém fica claro que a única postura justa sobre Israel é exigir a total descolonizaçom da Palestina e a substituiçom do Estado de Israel por um estado palestiniano independente.

Outra cousa que demonstra o presente histórico da Palestina é que Galiza e os demais povos da Europa que sofrem opressom nacional nom som umha colônia. Simplesmente nom existem colônias na Europa. O que existe na Europa som países do centro imperialista que sofrem opressom nacional, mas isto é algo muito diferente de ser umha colônia.

Realmente tanto o sionismo “judaico”, igual que o sionismo “cristiano” de algumhas igrejas evangélicas, o fascismo (tanto cristiano, como pagano, como o admirador do nazismo, ou o fascismo indutva) e o salafismo takfiri, som todos eles instrumentos das potências imperialistas, dos estados burgueses do centro imperialista e em certos casos de algumhas potências regionais de países atrasados como a Índia, Arabia Saudita, Qatar, etc, etc. Nom se trata de guerras religiosas de ningum tipo. Aqui a religiom e o nacionalismo som os instrumentos da burguesia. A CIA e outros serviços terroristas de espionagem criam, armam e utilizam estas pessoas como mercenários e terroristas, para desta maneira conseguir os seus objetivos políticos. O sionismo e o salafismo em Oriente Próximo servem ao seu amo, a burguesia dos Estados Unidos. Naturalmente todos os serviços de espionagem dos países do centro imperialista tentam imitar a CIA e utilizar estas organizaçons terroristas.

Estes últimos anos assistimos a dous fenómenos importantes. O primeiro é o descrédito dos meios de comunicaçom da burguesia do centro imperialista. O segundo fenômeno é o acesso a informaçons de meios de comunicaçom libaneses, palestinos, iemenitas e dos jornalistas palestinos de Gaza, etc. O proletariado mais avançado da Europa, de América e do mundo, busca informaçom para poder tomar umha postura justa sobre a situaçom dos países que sofrem o colonialismo, os ataques dos grupos internacionais de salafistas takfiris, as mobilizaçons contra os governos fantoches das semi-colónias em África, a guerra da Ucrânia, as guerras populares, etc. Frente a este fenómeno notável os estados burgueses da Europa buscam formas de censurar as vias de comunicaçom dos povos oprimidos, dos movimentos revolucionários e tamém dos seus competidores russos.

Depois de entender tudo isto, podemos estudar mais particularmente o que está a passar em oriente próximo na Palestina, no Líbano, na Síria e no Iêmen.

Palestina.

A situaçom de Palestina é realmente dramática. O valente povo palestino leva polo menos desde 1948 sendo vítima de um processo de colonizaçom genocida sionista, mas já antes desta data sufriam o colonialismo británico.

Em Gaza temos um genocídio transmitido em direto. A barbárie colonial estende-se polo Líbano, por Síria, etc. Mas ao mesmo tempo, Gaza é o exemplo de que as guerras de libertaçom nacional e as guerras populares som invencíveis. Em um pequeno território como é Gaza, um exército do povo, criado polo povo e fusionado com as grandes massas é impossível de vencer enquanto nom seja exterminada toda a populaçom. A tecnologia, o poder de fogo empregado de forma criminal contra populaçom civil, nom pode acabar com Hamas, nem com a FPLP e demais organizaçons do Movimento de Libertaçom Nacional. De nada serve a tecnologia e o poder de fogo enquanto as grandes massas sigam desejando destruir os inimigos do povo e da humanidade. A guerra do povo (guerras de libertaçom nacional e guerras populares), ou como lhe chamam os militares burgueses “guerras assimétricas”, vencem aos exércitos regulares tanto em Palestina como no Líbano, igual que ganhárom na China, igual que no Vietnam e em Cuba, igual que ganhárom em Argélia, no 2006 no Líbano, igual que em Angola, em Moçambique, nas guerras de independência de latinoamérica e no levantamento dos escravos de Haiti. As massas mobilizadas, armadas, e que sabem que realmente combatem polo seu povo, som invencíveis. A história demonstra que numha guerra justa podem dar-se derrotas em certas batalhas mas que só as debilidades internas, som as únicas que podem provocar a divisom entre as grandes massas que sustinham as forças populares, e que isto pode levar à derrota da luita contra o colonialismo e pola revoluçom, como sucedeu na Kampuchea. Realmente, o imperialismo é um tigre de papel. Um tigre que pode matar nom se sabe se as 47.000 pessoas que contabilizam os serviços médicos em Gaza, ou as mais de 100.000 que calculam em algum estudo sobre as massacres de Gaza. Quando se trata de umha guerra industrial como a guerra proxy entre a Otan e Rússia, o poder de fogo, o número de efetivos, e a capacidade de produçom armamentista, som os fatores mais determinantes na carnificina. Mas, quando de um lado há um povo em armas, quando as crianças crescem admirando o exército do povo, quando estas crianças tenham a idade de combater a sorte do inimigo será a sua destruiçom.

Na colonizaçom da Palestina o fator externo que ataca a todas as classes sociais, borra as diferenças de classe, borra as contradiçons sociais. Entre os refugiados que vivem em tendas de campanha há pessoas palestinas de qualquer classe social, porque o colonialismo é um fator externo à própria sociedade e porque o colonialismo nom é “conservador”, nom deseja manter os costumes reacionárias dumha sociedade, nem tampouco manter os privilégios dumhas pessoas, senom que o que busca é criar novos costumes e novos privilégios. Desta maneira podemos dizer que numha colónia a própria pequena burguesia, a mediana burguesia e outra burguesia nom tam mediana, estám todas objetivamente interessadas na independência. Mas numha colónia pode-se dar o caso que certo setor que ocupa postos na administraçom, no exército, que está sendo subornado, que é a polícia dos indígenas, se sinta cómoda como está e incluso, que num momento no que a guerra de libertaçom nacional os pilha perto se situem ao serviço do colonialismo como autênticos inimigos do povo. Na Palestina, estamos assistindo a isto mesmo por parte da Autoridade Nacional Palestina. Umha autoridade palestina que combate com as armas ao Movimento de Libertaçom Nacional, como sucedeu em Jenin e outras localidades. Ou que retira as ajudas económicas para as familias dos mártires, dos prisioneiros, dos enfermos e mutilados depois de passar pola prisom e tortura sionista. Umha Autoridade Nacional Palestina que é umha força sipaia.

Realmente a Autoridade Palestina leva muitos anos em um processo de transformaçom em umha eficaz força sipaia. Esta mesma autoridade no passado chegou a vetar a libertaçom de prisioneiros como foi o caso de Marwan Barghouti. Um militante do mesmo partido Fatah do que formam parte os dirigentes da corrupta Autoridade Palestina. Marwan é um homem honesto mui amado polo povo palestino de Cisjordânia que nom se ia deixar sobornar pola Autoridade Palestina. Ele foi um importante dirigente durante a primeira e a segunda intifada e foi preso no ano 2002. Foi acusado de terrorismo e sentenciado a cinco penas de prisom perpétua. No intercâmbio do soldado sionista Gila Shalit e prisioneiros palestinos, Hamas exigiu a libertaçom de Barghouti mas a Autoridade Palestina vetou este intercâmbio que levou a liberdade de muitos outros prisioneiros, entre eles a libertaçom de Yahya Sinwar. Em sondagens feitas na Cisjordânia, um 60 por cento dos palestinianos votaria por Barghouti para presidente da Autoridade Palestina.

As similitudes entre a figura de Marwan Barghouti e a figura do mártir Yahya Sinwar de Hamas som importantes. Os dous encarnam combatentes palestinos que sofrem a prisom sionista, que som amados polo povo e que som incorruptíveis. A Autoridade Palestina e Fatah enfrentam umha situaçom parecida à de Hamas com Sinwar. Umha pessoa que seria muito útil como figura decorativa mas que ao ser incorruptível nom é possível utilizá-lo. Umha figura que se é expulso do partido levará com ele a umha boa parte da sua base social. Umha figura que se é marginalizada dentro do partido acabará ganhando qualquer processo democrático interno. Definitivamente Barghouti é o Sinwar de Fatah.

Realmente o mais adequado seria evitar a guerra interna com a Autoridade Palestina quando o inimigo externo (as forças coloniais), atacam, invadem e colonizam Palestina.

Diante desta situaçom nós desde aqui nom podemos dar crédito às mentiras dos representantes da Autoridade Palestina. Devemos tentar denunciar a Autoridade Palestina entre o movimento internacionalista de solidariedade com a Palestina.

Em este mesmo mês de Fevereiro, em umhas declaraçons para o Canal 12 israelense o novo Chefe do exército israelense (depois da renúncia do seu predecessor), o General Eyal Zamir, afirmou que em Israel há “5942 famílias em luto”, umha expressom reservada para familiares de militares mortos em combate. Tamém afirmou que os serviços médicos admitiram em reabilitaçom a mais de 15.000 militares por problemas físicos ou psíquicos. Com 6000 mortos esta seria a segunda guerra com mais mortos israelenses depois do que eles chamam “a Guerra de Independência” em 1948. Ademais, o número de suicídios de militares tamém aumentou. Isto danos umha perspetiva da debilidade de Israel acostumado a fazer bombardeamentos aéreos que nom ponhem em perigo os seus efetivos, mas que agora topa-se com uns inimigos dispostos a sacrificar as suas vidas polo povo, mostrando as debilidades do estado colonial.

O povo libanês e Hezbolah, o povo iemenita e Ansarolah, tenhem demonstrado o seu heroísmo ao se enfrentarem ao colonialismo Estadunidense. Ainda que nom imos entrar agora a contar os grandes méritos destes povos, temos que mostrar a nossa mais funda admiraçom e a necessidade de reconhecer os seus méritos dentro do movimento anticolonialista e internacionalista de apoio à descolonizaçom da Palestina.

O genocídio de Gaza demonstrou que os meios de comunicaçom europeus som os legitimadores dos crimes de guerra, igual que som os legitimadores da repressom contra os setores politicamente mais avançados do proletariado da Galiza, de Catalunha, de Euskal Herria, de Espanha, de Portugal e de qualquer outro povo. A imprensa é um instrumento necessário da ditadura da burguesia.

Este ano 2025 será importante para o futuro da Palestina e desde Europa devemos fazer um trabalho útil de apoio estratégico ao Movimento de Libertaçom Palestino. Devemos superar este oceano de confusom no que vivemos nas nossas sociedades. As iniciativas que reclamam a descolonizaçom da Palestina som umha prioridade estratégica.

A frágil trégua em Gaza pode ser rota em qualquer momento. O Estado colonial sionista leva violado a trégua de Gaza e do Líbano miles de vezes. Ademais a trégua de Gaza vai acompanhada de um grande aumento dos ataques contra a populaçom da Cisjordânia com um nível de desplazados que é o maior desde 1967. Esta trégua nom nos deve levar a umha desmobilizaçom. Estamos em um ponto crítico da colonizaçom do Oriente Próximo.

Estar informados e diferenciar entre um discurso humanitário lógico de certos setores e a necessidade de denunciar a colonizaçom de Palestina. A prioridade de deixar claro que um estado dos colonos e um estado dos indígenas é outra maneira de seguir com o genocídio, tem que ser a nossa guia. Desde aqui é necessário seguir atentos aos acontecimentos no apoio ao Movimento de Libertaçom Nacional da Palestina. Temos que denunciar e fazer pressom para que a Autoridade Palestina nom consiga arrastar umha parte da massas da Palestina. Quando a Autoridade Palestina tiver que optar claramente entre apoiar (ainda que só seja “humanitariamente”), ao seu povo, ou enfrentar-se ao povo como um sipaio sacando-se a máscara e ficando à vista das massas o que som. Esse será o ponto de inflexom. Sem dúvida que este ano é muito importante para o futuro da Palestina e da Autoridade Palestina. Nós devemos estar atentos como mudam as cousas e avançam os acontecimentos, porque esta é umha parte importante do apoio ao Movimento de Libertaçom Nacional da Palestina. Temos que apoiar prioritariamente as diferentes iniciativas enmarcadas em estes parâmetros.

Pola descolonizaçom da Palestina!

Galiza Vermelha.

A Descolonização de Palestina.

A descolonizaçom da Palestina

Ao contrário do que se afirma muitas vezes nos jornais e demais mídia, na Palestina nom há umha guerra entre religions nem tampou se trata dumha guerra entre dous países. Em Palestina e no Líbano estamos vendo um processo de colonizaçom. A colonizaçom da Palestina é (como todas as colonizaçons), o processo de substituiçom da populaçom indígena por uns colonos de origem europeia ou pessoas americanas mas que os seus antepassados eram europeios. A descriminaçom dos indígenas na legislaçom, os crimes contra os indígenas por parte dos setores mais agressivos e organizados em grupos paramilitares ou, a criaçom de guetos e reservas para indígenas; som todas características comuns em qualquer colonizaçom.

O povo palestiniano nas atuais circunstâncias só lhe queda a opçom da guerra de libertaçom nacional. E resulta que como sabemos as pessoas comunistas, quando se trata dumha colônia todas as classes sociais estám objetivamente interessados na independência nacional. Os únicos que nom estam objetivamente interessados na libertaçom nacional dumha colônia som os setores da burguesia “burocrático compradora”  porque nestes casos, os seus privilégios dependem de postos no aparelho administrativo colaboracionista com o opressor ou tamém, porque som setores que se adicam a monopolizar mediante a corrupçom a importaçom e exportaçom de produtos para os “indígenas”. Estes setores colaboracionistas com o colonialismo na Palestina formam a Autoridade Nacional Palestiniana.

A sociedade palestiniana está-se a enfrentar a um processo de colonizaçom. Esta é umha realidade objetiva na que um fator externo (o colono, o militar do Estado sionista, a polícia), som o instrumento da colonizaçom dos Estados Unidos da América e dos seus aliados OTAN-UE. O sionismo nom só é um instrumento do Estado Colonial de Israel. O sionismo é o instrumento de colonizaçom de certos setores da burguesia dos países da OTAN e UE. Esta realidade social é a que nos obriga a reclamar a descolonizaçom da Palestina. Por isto mesmo, nom tem sentido falar de dous estados. Falar de um estado para o colono e um estado para o indígena é contribuir no processo de criaçom de “reservas índias” nas que fechar a todos os indígenas que nom som usados como operários polos colonos.

Frente a aparência de que o sionismo é um lobby que domina a política estadunidense, está a realidade de que os políticos, os jornais, a mídia, o movimento sionista e a administraçom das colônias (na Palestina ocupada é o Estado de Israel e nas “reservas indígenas” a Autoridade Nacional Palestina); todos estes nom som mais que serventes da burguesia estadunidense e em menor medida, tamém som serventes da burguesia dos aliados dos Estados Unidos.

Se atualmente no mundo temos um caso claro de colonizaçom dum povo a grande escala esse é Palestina. Ademais o desejo da OTAN seria a colonizaçom do Líbano e de toda costa mediterrânea entre Egito e Turquia (Palestina, Líbano e a costa Síria).

Na Palestina podemos ver como os guerrilheiros populares combatem ao Estado sionista. Estes guerrilheiros pertencem a organizaçons como FPLP, Hamas, Jihad Islâmica Palestina, etc. Neste momento todas estas guerrilhas e partidos tenhem umha prática que é objetivamente revolucionária. Mas isto nom nos deve fazer esquecer que na Palestina há organizaçons como a FPLP que som particularmente revolucionárias. Tamém temos que diferenciar que no Líbano está Hezbollah, um partido islâmico que tem um caráter consequentemente democrático, por isto quer um estado libanês no que vivam todas as pessoas sem ser descriminadas pola sua religiom e sem que o estado poda obrigar às pessoas a seguir umhas determinadas normas religiosas. Esta é evidentemente a postura de Hezbollah, nom a postura de Hamas (que inclusive chegou a apoiar o salafismo de Al-Nusrah em Síria), nem é tampouco a postura de Irám. Que pretendemos dizer com isto? Primeiro que em Palestina há organizaçons revolucionárias por qualidades próprias. Segundo que no Líbano, frente aos repetidos intentos do sionismo para ocupar e colonizar o Líbano, surgiu neste país um movimento religioso mas consequentemente democrático, que merece a nossa admiraçom porque agora e no passado tem sido a coluna vertebral da luita de libertaçom nacional. Terceiro que em Palestina devido precisamente à sua situaçom colonial, há setores que sendo representantes da burguesia e da pequena burguesia, ademais tendo um caráter conservador, clerical e tendo um passado de relacionamento com setores ultra reacionários em Síria, estám tendo umha prática conjunturalmente revolucionária.

Ademais o povo do Iêmen tem demostrado dumha maneira admirável com grandes mobilizaçons e com as suas armas o seu apoio ao povo palestiniano. Tampouco esquecemos que em Iraque tamém há guerrilheiros apoiando a Palestina.

No caso de Irám que é o país árabe mais industrializado, o seu apoio ao povo palestiniano está condicionado tanto polos interesses da burguesia iraniana em formar parte do bloco imperialista da China e Rússia, como polo desinteresse da burguesia iraniana em nom entrar numha guerra que diante da debilidade do Estado Colonial Sionista levaria mui provavelmente ao ataque direto dos Estados Unidos contra Irám e a destruiçom de fábricas, de poços de petróleo, dos portos de exportaçom do petróleo, etc. O povo do Líbano e do Iêmen está disposto a fazer sacrifícios por apoiar a Palestina mas a burguesia do Irám, desejaria ajudar a Palestina sempre que sejam outros os sacrificados e martirizados.

Numha colônia o fator externo é tam importante que em certas ocasions fai desaparecer a diferença de classe entre as pessoas. Tomemos as pessoas que som refugiados em Gaza ou som prisioneiros políticos palestinianos,  nom é fácil apreciar a que classe social pertencem os refugiados e os prisioneiros, as suas condiçons de vida nom estám marcadas pola sua classe social senom polo feito de ser Palestinianos. Em estas condiçons coloniais a luita de libertaçom nacional acaba por fazer que organizaçons burguesas e clericais tenham umha prática conjunturalmente revolucionária.

Evidentemente quando a opressom nacional é sofrida por um povo industrializado do primeiro mundo (como é o caso da Galiza), o fator externo nom é importante porque aqui nom existem os colonos privilegiados e indígenas descriminados e, o que determina as nossas vidas é a dinâmica da burguesia galega com os seus aliados com interesses mundiais,  juntamente com a dinâmica da classe operária galega que serve aos interesses mundiais do proletariado.

Entre os interesses estratégicos do proletariado está eliminar o colonialismo, o escravismo, o feudalismo, o analfabetismo, o casamento forçado e em geral, todas umha série de práticas sociais que som extremamente reacionárias das sociedades divididas em classes. No caso de Palestina estamos assistindo a um genocídio colonial em vivo e em direto e o feito de que se tenham dado outros genocídios, nom rebaixa nada a sua gravidade.

É necessário apoiar a descolonizaçom da Palestina e a autodeterminaçom nacional do povo palestiniano. Neste contexto histórico autodeterminaçom nacional é poder decidir que tipo de estado querem criar na Palestina, nom se pode entender como reclamar um referendo para que as pessoas palestinianas escolham se querem formar parte como minoria indígena dumhas zonas do Estado de Israel ou, se querem que certo território forme parte dum Estado Palestiniano independente.

A maioria da populaçom com passaporte de Israel tem passaporte de outro estado e pode voltar a esse estado. Os obreiros israelenses que tenhem passaporte de outro estado deveriam marchar da Palestina ocupada. Os obreiros israelenses que nom tenhem passaporte de outro estado deveriam negar-se a participar no Exército Israelense por qualquer via possível. Na Palestina ocupada o obreiro palestiniano e os obreiros migrantes de África particularmente do Sudám formam o extrato social mais baixo que sempre, sempre, está descriminado. Se na Primeira Guerra Mundial o obreiro alemám era obrigado a ir à guerra e o obreiro russo er obrigado a ir a guerra da mesma maneira, o interesse objetivo dos dous era acabar com a guerra, era boicotear a guerra. Agora na Palestina o objetivo nom pode ser boicotear a guerra, o objetivo é a descolonizaçom, é parar o genocídio e que Palestina ganhe a guerra. A classe obreira judaica da Palestina ocupada deve ter como objetivo a descolonizaçom da Palestina, a destruiçom do Estado Colonial Sionista, porque a luita contra o colonialismo é umha luita necessária no combate às grandes potências. Umhas grandes potências que asseguram o poder mundial dos grandes capitais  no atual período histórico do modo de produçom capitalista, no imperialismo.

Depois da destruiçom do Estado Sionista os obreiros judeus realmente palestinianos (que nom cometeram crimes coloniais), seguro que teriam um lugar numha Palestina independente com um estado laico. Mas as revindicaçons dos judeus realmente palestinianos nom é um assunto prioritário quando estamos assistindo a um genocídio.

Ao contrário do que sucedia entre os obreiros alemans em 1914 agora na Palestina o principal é o fator externo, a colonizaçom. O obreiros judeus comunistas devem combater o colonialismo apoiando a luita de libertaçom nacional da Palestina, buscando a derrota do Estado Sionista mediante a derrota frente as unidades militares palestinianas e libanesas. Nom “boicotar a guerra”, nem “transformar a guerra interimperialista em guerra civil revolucionária” (como em 1914) senom, “boicotar o Exército Colonial Sionista” e “transformar a guerra colonial em descolonizaçom mediante a justa guerra de libertaçom nacional até a vitória”.

A atual guerra colonial sionista está chegando perto de 1000 militares sionistas assassinos de nenos, que já estám mortos. A história do Estado Sionista é umha história de constantes guerras, mas em toda história de Israel só em três guerras tivo mais de 1000 militares mortos. Tamém podemos ver como nom som capazes de acabar com a resistência em Jabalia no norte de Gaza, já nom falemos de toda Gaza e, ainda menos som capazes de permanecer no interior do território libanês fora de 2 ou 3 quilómetros da fronteira. Os sistemas de defensa antiaérea multicapa (Cúpula de Ferro, Onda de David, etc.), nom podem deter os ataques e o mito da tecnologia israelense e estadunidense caiu polo seu próprio peso quando Hezbollah destruiu 40 tanques, 2 drones Hermes 900 e 3 drones Hermes 450, quando soam as alarmes por toda Palestina ocupada vemos como um povo que luita pola sua libertaçom é imparável.

O genocídio de Gaza nom pode ser esquecido. Um crime tam grave contra humanidade como é o genocídio que se está a dar contra Palestina tenhem que ser julgados.

É necessário apoiar a luita de libertaçom nacional da Palestina, do Líbano e do Iêmen!

Pola descolonizaçom da Palestina!

Polo julgamento dos crimes sionistas no genocídio palestiniano!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

A organização Collectif Palestine Vaincra é dissolvida: o apoio à resistência palestina continua!


A organização Collectif Palestine Vaincra é dissolvida: o apoio à resistência palestina continua!

O Coletivo Palestino Vaincra foi dissolvido hoje: 20 de fevereiro de 2025, após a rejeição do nosso pedido de cancelamento do decreto de dissolução no Conselho de Estado de Palestina. Como lembrete, após uma longa campanha de ataques e difamações liderados em particular por organizações próximas à extrema-direita israelense e abundantemente alimentadas tanto a nível local — Jean-Luc Mondenc, atual prefeito de Toulouse, inclusive — como nacional pela voz do próprio Telescope Emmanuel Macron. Gerald Darmanin, então ministro do Interior, anuncia em fevereiro de 2022, a dissolução da Palestina Coletiva Vaincra Collectif Palestine Vaincra a pedido do Presidente da República. Este último assinará o decreto no Conselho de Ministros alguns dias depois, em 9 de março. Na sequência, tínhamos apresentado um recurso ao Conselho da Astana para solicitar a sua suspensãopedido concedido pelo juiz dos árbitros em abril de 2022. Foi então uma vitória política para a Palestina Coletiva Vaincra, uma vez que o Conselho de Estado havia reconhecido assim o vazio dos ataques realizados pelo Ministro do Interior. Esta vitória foi possível graças ao amplo apoio expresso por dezenas de organizações e milhares de pessoas em França e em muitos países do mundo. Assim, retomamos nossa mobilização de apoio à resistência do povo palestino, mais fortalecido e determinado do que nunca. Quase três anos depois, em 27 de janeiro, essa dissolução administrativa seria julgada pelo juiz e, portanto, hoje confirmada pelo mais alto tribunal administrativo.

Trata-se, de facto, de posições políticas defendidas pelo colectivo que as autoridades francesas tentaram silenciar por todos os meios à sua disposição. Afirmamos, no entanto, orgulhosamente e plenamente suportar o registro desses anos que permitiram que o Coletivo Palestina Vaincra realizasse muitas campanhas de boicote ao Estado sionista, é em particular em Toulouse contra a geminação da cidade com Tel Aviv, em apoio dos prisioneiros palestinos ou uma mobilização notável para exigir a libertação de Georges Abdallah que, como você sabe, viu seu 10o pedido de libertação adiado para 19 de junho pelo Tribunal de apelação de Paris, que condiciona sua libertação à indenização dos partidos civis, ou seja, os Estados Unidos. Lietacharnement continua, a mobilização deve continuar ! A mobilização tem que continuar! A mobilização tem que continuar!

Mas, apesar dessa dissolução, uma coisa é certa: os imperialistas e seus aliados não impedirão a crescente mobilização de apoio ao povo palestino e sua resistência. Só podemos regozijar-nos com o quanto esta mobilização está ganhando força, especialmente graças a uma forte geração jovem de anti-imperialistas betumanos forjados na luta contra o genocídio e seus cúmplices e que claramente apóia posições radicalmente anti-sionistas e anti-colonialistas em apoio à resistência palestina. Da mesma forma, apesar de mais de 76 anos de colonialismo dos colonos, o povo palestino demonstra todos os dias que o pestil está de fato de pé e que o pestil continua sua luta até o retorno de todos os refugiados e até a libertação da Palestina, toda a Palestina, do mar para o Jordão.

E ele sempre poderá contar com os milhões de pessoas em todo o planeta que fazem de sua fórmula o intelectual e revolucionário árabe Samah Idriss: « Se abandonarmos a Palestina, abandonamo-nos a nós próprios ».

A palestina viverá! Palestina Vaincra!

Collectif Palestine Vaincra.

Palestine Collective Vaincra, 20 de fevereiro de 2025.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Estudantes da Jamia Millia Islamia, em Déli, organizaram um programa de protesto e exposição itinerante contra a crescente repressão do fascismo Hindutva.


Amigos:

Estudantes da Jamia Millia Islamia, em Déli, organizaram um programa de protesto e exposição itinerante contra a crescente repressão do fascismo Hindutva e tentativas de suprimir vozes dissidentes em várias universidades centrais do país. Ao mesmo tempo, os estudantes também anunciaram a organização do 'Dia da Resistência de Jamia' em 15 de fevereiro para marcar o quinto aniversário da brutalidade policial durante o protesto anti-CAA-NRC de 2019 em Jamia. Logo depois, as autoridades universitárias enviaram uma notificação de acusação completamente antidemocrática contra os quatro estudantes que protestavam. Quando os estudantes se reuniram nas dependências do refeitório contra esse aviso de justificativa, as conexões de eletricidade e água foram cortadas. Então, às 5 da manhã do dia 13 de fevereiro, uma gangue de bandidos da polícia de Déli entrou no campus e sequestrou ilegalmente cerca de 20 estudantes. Ainda não foi divulgado com base em que os estudantes estão sendo levados e em qual delegacia de polícia essa ação está sendo tomada. Após uma longa busca, descobriu-se que os estudantes estavam detidos em diferentes delegacias de polícia. O sequestro de estudantes inocentes pelos capangas do estado de Hindutva para programas e reuniões de protesto pacíficos comprova a situação difícil dos Conselhos Democráticos em várias universidades centrais do país.

Já vimos isso antes, durante os protestos anti-CAA-NRC em 2019, quando policiais armados e forças paramilitares entraram no campus Jamia e atacaram brutalmente os estudantes reunidos. Até mesmo em bibliotecas e salas de aula, bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas contra estudantes inocentes. Estudantes da Jamia e de todas as universidades se uniram contra esse ataque também naquele dia. Hoje, cinco anos depois, a situação é ainda mais desfavorável. Por um lado, o Hindutva BJP-RSS criou uma situação de terror com suas forças criminosas em vários campi universitários pelo país. O estado está controlando as ações das autoridades colocando pessoas da brigada Hindutva à frente da universidade. O vice-chanceler de Jamia é um ex-funcionário da ABVP. Alguns dias atrás vimos a mesma situação na JNU. Quatro estudantes da JNU foram atacados, espancados e levados pela polícia por escreverem em um muro contra o genocídio tribal e os bombardeios aéreos patrocinados pelo Estado na Índia central. Para suprimir a voz democrática dos estudantes nas universidades centrais, os terroristas Hindutva e suas autoridades representativas estão realizando um ataque antiestudantil após o outro, o que destruirá o espaço democrático da universidade. Já na manhã de 14 de fevereiro, as autoridades de Jamia afixaram uma lista na parede com os nomes, fotografias, endereços e todo tipo de informação pessoal de 17 estudantes, sob o pretexto de que eles haviam participado do programa no dia 10. Somente os agentes do estado hindu podem tomar uma atitude tão desprezível como divulgar publicamente informações pessoais, como números de telefone e endereços residenciais dos estudantes, e torná-los os principais alvos de ataques.

Nós, em nome da Frente Revolucionária dos Estudantes, estendemos nossas felicitações ao movimento democrático de estudantes de todas as universidades, incluindo Jamia. Construir uma resistência militante em massa nos campus de todo o país contra os capangas do Hindutva, autoridades corruptas e, acima de tudo, o fascista BJP-RSS no comando do estado. Convocando todas as organizações democráticas e de direitos humanos, organizações de esquerda e jovens estudantes para espalhar esta luta para construir um campus livre de fascismo.

Frente Popular: A escalada sionista da anexação da Cisjordânia e o deslocamento de nosso povo exige uma escalada de confronto e unidade da classe.


Frente Popular: A escalada sionista da anexação da Cisjordânia e o deslocamento de nosso povo exige uma escalada de confronto e unidade da classe.

- A Frente Popular para a Libertação da Palestina afirma que as recentes decisões sionistas anunciadas pelo Primeiro-Ministro inimigo Benjamin Netanyahu e pelo seu ministro de guerra, Israel Cats, "em relação à escalada das operações militares na Cisjordânia e visando campos de refugiados", vêm no contexto de um plano sionista perigoso, sistemático e contínuo para expandir a agressão e tentar impor uma política de anexação e deslocamento forçado, promovido pelo governo de ocupação fascista. 

- Estas directivas militares a nível político sionista, que têm como alvo o nosso povo nos campos da Cisjordânia, fazem parte da série de crimes de guerra sionistas, que têm apoio directo dos EUA, e não menos brutais do que os massacres e genocídios cometidos pela ocupação na Faixa de Gaza, onde a infra-estrutura e o sistema foram destruídos serviços numa tentativa de atacar a firmeza do nosso povo e quebrar a sua vontade.

- A resposta a esta escalada Sionista e ao fracasso destes planos coloniais judaicos será a escalada do círculo de confronto e resistência contra a ocupação, e aumentar a resiliência do nosso povo, e salientamos que a unidade da posição Palestina e a cessação de todas as formas de coordenação de segurança com a ocupação se tornou uma necessidade nacional urgente para enfrentar esta escalada perigosa. 

 

Frente Popular de Libertação da Palestina
Departamento Central de Mídia.
Fevereiro 21-2025.

A Frente Popular lamenta o martírio do comandante Qassam Muhammad Shahin “Abu Al-Baraa” e confirma que a chama da resistência não será extinta.


A Frente Popular lamenta o martírio do comandante Qassam Muhammad Shahin “Abu Al-Baraa” e confirma que a chama da resistência não será extinta.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina lamenta o martírio do comandante Qassam Muhammad Shahin “Abu Al-Baraa”, que foi martirizado em um covarde crime de assassinato sionista por meio de um drone que o atingiu na cidade libanesa de Sidon, na continuação da série de terrorismo sionista que tem como alvo símbolos de resistência dentro e fora da pátria.

O inimigo sionista desonesto, que está iludido em sua habilidade de quebrar a resistência com seus assassinatos covardes, não conseguiu e não conseguirá atingir seus objetivos. Em vez disso, ele está empurrando nossa resistência para mais desafio e insistência em escalar o confronto.

O sangue do líder Mohammed Shaheen será apenas novo combustível para reacender o fogo da resistência diante da ocupação, seus crimes e seus planos.

Enquanto a Frente estende suas mais profundas condolências aos irmãos na liderança do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e à família do líder mártir, ela afirma que a opção de resistência abrangente é a única resposta aos crimes do inimigo, e que nossa batalha contra ele continuará até que cada centímetro da terra da Palestina seja libertado.
Glória eterna aos mártires... e vitória à resistência.

Frente Popular para a Libertação da Palestina.
Departamento Central de Mídia.
17 de fevereiro de 2025.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A Frente Popular rejeita e condena as declarações da Autoridade Palestina.


A Frente Popular rejeita e condena as declarações de Muhammad Mustafa e afirma que a autoridade tem o cuidado de abandonar os princípios nacionais em aquiescência à administração americana.

Fevereiro 17, 2025 | 12:17


- A Frente Popular de Libertação da Palestina condena e rejeita as declarações do Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina, Muhammad Mustafa, sobre a mudança do mecanismo de pagamento das taxas dos prisioneiros, mártires e feridos, que vem como complemento à decisão de cancelar leis e regulamentos relacionados ao pagamento dessas alocações. 

Este passo reflete a constante insistência da Autoridade em abandonar as pessoas nacionais palestinas, em uma tentativa miserável de satisfazer aos Estados Unidos e à comunidade internacional à custa dos direitos de nosso povo.

Reafirmamos a nossa afirmação de que a questão dos prisioneiros, mártires e feridos não são uma coisa que arquivar ou um casos humanitários que podem ser sujeitos aos critérios de “Need ”, mas sim questões nacionais com distinção, ligadas à luta contínua do nosso povo pela liberdade e libertação e que o preconceito contra eles é uma violação das linhas vermelhas, e o cumprimento direto dos ditados Americano e "Israelense" visando criminalizar a resistência e enfraquecer o espírito de firmeza das nossas massas.

A Frente Popular, ao renovar sua rejeição a essas políticas humilhantes, confirma que essas decisões cairão sob os pés de nosso povo, que não poderá passá-las.

Apelamos a todas as forças nacionais e sociais para que enfrentem essas medidas vergonhosas e trabalhem para proteger os direitos das famílias dos mártires, prisioneiros e feridos, pois são direitos sagrados que não podem ser violados sob nenhuma circunstância.

 

Glória aos mártires .. 

Liberdade para os prisioneiros .. e a rápida recuperação dos feridos ... 

Vergonha e vergonha para todos os conspiradores contra os direitos do nosso povo.

 

Frente Popular de Libertação da Palestina.

Departamento Central de Mídia.

Fevereiro 17-2025.

Frente Popular: Apelamos à mais ampla participação amanhã, segunda-feira, no dia da indignação e desobediência civil contra o genocídio e os crimes sionistas.

Frente Popular: Apelamos à mais ampla participação amanhã, segunda-feira, no dia da indignação e desobediência civil contra o ge...